Textos

DAS ENCOSTAS DO OFÍCIO
Dentro de mim
há um abismo
onde as aves noturnas se confundem...
ora num canto dorido,
ora nos ecos da solidão...
E muito além, sonhos se fundem
com o frio da noite insolente.

Dentro de mim
há um abismo
onde o sopro do engano
baila sinicamente nas asas do poema
qual andorinha sobre as montanhas
(onde repousam, resolutos e inebriantes,
algumas dimensões do pensar).
Esse abismo
que ora se amplia e recua,
afaga e devora,
prende e liberta...

Esse abismo
é quem me castiga como poeta.
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GILMAR PEREIRA LIMA
Enviado por GILMAR PEREIRA LIMA em 08/04/2011
Alterado em 19/04/2015


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